quarta-feira, 14 de agosto de 2013

::IPTU: Recadastramento do imóvel é válido para o contribuinte


Salvador - A prefeitura iniciou nesta terça-feira, 13, o cadastramento e o recadastramento dos imóveis inscritos para o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O prazo para apresentar as informações pela internet ou nas escolas do município vai até o dia 30 de setembro.
O envio das informações é importante, mesmo para os cidadãos que têm imóveis em situações irregulares, ressaltam especialistas na área tributária. Além de atualizar a cobrança do IPTU, o cadastro vai ajudar a prefeitura a redimensionar os serviços oferecidos.
"Com o número correto de residências em uma determinada região, é possível oferecer serviços públicos de transporte, educação e saúde mais apropriados", afirma o tributarista Wagner Toledo, do escritório Toledo e Toledo Advocacia.

Ele acredita que o município precisa estar preparado para atender aos pedidos por inscrições de imóveis em situações irregulares.
"Todo mundo sabe que Salvador tem um índice de ocupação irregular muito elevado. Ou a prefeitura flexibiliza a comprovação, usando contas de luz e água, entre outros mecanismos, ou haverá uma adesão baixa. Acho que vai flexibilizar porque precisa arrecadar", diz Toledo.
O tributarista Robson Sant'ana acredita que o foco da ação será mais na atualização de valores dos imóveis já regularizados. "Eu acredito que esta ação é mais para garantir a atualização de valores dos imóveis que já estão regulares. Para os irregulares, seria necessário conceder títulos de posse antes de mais nada", diz.
Em qualquer uma das situações, a recomendação é que se busque o município para apresentar as informações atualizadas.
De acordo com o tributarista Marco Viana, o envio das informações solicitadas representa um gesto de boa-fé dos contribuintes.
"Todos aqueles que ocuparam uma área de boa-fé devem atender ao chamamento da prefeitura porque, mesmo que não consigam realizar o cadastramento, certamente vão saber o que precisam fazer para regularizar a situação", explica Viana.
Hoje existem 172 escolas estaduais preparadas para receber contribuintes que não têm acesso à internet. Até a próxima sexta-feira, todas as unidades de ensino da rede municipal estarão aptas a registrar as informações, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz).
Para os especialistas, a prefeitura pode aplicar multas nos contribuintes que não atualizarem os registros de imóveis por sonegar informações. "É um processo que atinge principalmente quem está se recadastrando. Isso pode ser considerado sonegação ou omissão de receita", explica Walter Toledo.
Para fazer o cadastramento pela internet, visite www.recadastramento.salvador.ba.gov.br.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

:: PDG Realty reduz prejuízo no 2º tri para R$105 milhões



Empresa iniciou no fim do ano passado uma revisão dos orçamentos de obras em curso e dos empreendimentos lançados

São Paulo - A construtora PDG Realty encerrou o segundo trimestre com  prejuizo menor que o registrado em igual período de 2012, totalizando uma perda de 104,9 milhões de reais no período, informou a empresa na noite da véspera.

Entre abril e junho do ano passado, o prejuízo havia sido de 450,1 milhões de reais. Em uma pesquisa da Reuters com quatro analistas, três apontavam para prejuízo para a companhia no período, em meio a uma nova rodada de cancelamentos de lançamentos e de vendas.
A PDG iniciou no fim do ano passado uma revisão dos orçamentos de obras em curso e dos empreendimentos lançados, com cancelamento ou venda de alguns projetos.
"A partir do segundo trimestre de 2013, esse trabalho foi acelerado com a chegada do novo vice-presidente de operações, Antonio Guedes. Nesse trimestre, decidiu-se que 24 empreendimentos não estavam alinhados com as novas diretrizes e critérios", informou a empresa, na divulgação dos resultados.
Segundo a PDG, essa decisão gerou uma redução de 770 milhões de reais do estoque a valor de mercado no segundo trimestre, além de desembolso estimado em 16,3 milhões com distratos e redução de 641 milhões no custo a incorrer de obras.
"Ainda temos em análise 19 projetos que poderão ser vendidos ou cancelados, referentes a um VGV (Valor Geral de Vendas) de lançamento de 825 milhões de reais", informou a companhia no balanço. Segundo a PDG, em um cenário conservador que inclui o cancelamento de todos eles, a PDG teria impacto estimado de 420 milhões de reais em custos de obras e desembolso de caixa de 36 milhões com distratos.
A geração de caixa medica pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), sem considerar as normas IFRS, totalizou 61,108 milhões de reais entre abril e junho, melhor que o Ebitda negativo de 257,2 milhões de reais em igual período do ano passado.
Considerando as normas IFRS, o Ebitda foi de 51,05 milhões de reais, ante número negativo em 223,896 milhões no segundo trimestre de 2012.
A receita operacional líquida da PDG somou 1,14 bilhão de reais no segundo trimestre, com as normas IFRS, alta de 7 por cento sobre um ano antes. O custo, enquanto isso, tombou 26 por cento, a 937 milhões de reais.
Entre abril e junho, a PDG lançou 885 unidades ante 1.765 nos três primeiros meses do ano, com VGV total de 1,084 bilhão de reais, queda trimestral de 1,1 por cento.
A PDG encerrou o semestre com dívida líquida de 6,7 bilhões de reais e caixa de 2 bilhões.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

:: Como reconhecer um imóvel (realmente) de alto padrão


Aumento nos preços faz com que unidades de médio padrão batam os milhões de reais; uma série de regalias, porém, diferenciam imóveis de alto padrão.

São Paulo – Com a recente valorização imobiliária, muitos imóveis pequenos ou de médio padrão já valem alguns milhões de reais. Mas se o preço não é mais o que define um imóvel de milionário, como reconhecer uma casa ou um apartamento que é realmente de alto luxo? Ao contrário do que pode parecer, a metragem, por exemplo, não é um parâmetro fundamental. “Existem muitos apartamentos de alto padrão que estão construídos em lotes menores, principalmente em bairros valorizados”, diz Gabriela Villas Fernandes, diretora administrativa da Imóvel A, uma imobiliária especializada no segmento de luxo. Gabriela aponta algumas regalias e diferenciais que definem um imóvel de alto padrão.
O Imóvel só é de luxo se estiver cercado por outros como ele. Um dos primeiros pontos que diferencia um apartamento ou casa de altíssimo padrão é o bairro em que ele está, que deve ser reconhecidamente nobre.

Magistrale Rio Vermelho



Agendamento para visitação,entre em contato.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

::Brasil deve crescer pouco nos próximos três anos, afirma S&P



Agência prevê crescimento de 2% do PIB do País em 2013 e uma média de 2,6% nos próximos anos



LONDRES - A agência de classificação de risco Standard & Poor's jogou um balde de água fria nas perspectivas para o crescimento da economia brasileira nos próximos anos. Ao lembrar que anos atrás o País era "comparado com economias de rápido crescimento como a Índia e China", a agência diz que o quadro mudou e que o crescimento "modesto" deve se repetir pelos próximos três anos, quando o País deve crescer a uma média de 2,6% ao ano. Para 2013, a agência prevê crescimento de 2%.

"O Brasil deve ter o terceiro ano de crescimento econômico modesto. E nós não esperamos que as perspectivas de crescimento mudem muito ao longo dos próximos três anos", destaca o relatório "Brasil Diante de Velhos e Novos Desafios" assinado pelo analista da agência, Sebastian Briozzo.
 Para a agência de classificação de risco, o fraco desempenho da economia brasileira tem várias razões. "Reflete o desempenho modesto das exportações e o declínio do investimento do setor privado, em parte causado pelos sinais ambíguos da política do governo, o que tem reduzido a confiança dos investidores", destaca o documento. No lado da demanda, o consumo também dá sinais de cansaço. "Os gastos das famílias também podem desacelerar ainda mais pelo endividamento do consumidor", diz o documento.
 Para a agência que avalia o risco de países e empresas, um dos problemas gerados por esse quadro de menor dinamismo econômico é o "enfraquecimento" do quadro fiscal, o que inclui a deterioração dos resultados das contas públicas e um aumento do peso da dívida pública.
 Fiscal. Para a agência, o reforço da estratégia anticíclica pelo governo federal pode ser uma ameaça ao rating brasileiro. "Dado o espaço fiscal já limitado do Brasil, uma estratégia que se baseia em políticas ainda mais ambiciosas no papel anticíclico para estimular a atividade econômica pode causar aumento da dívida pública a ponto de torná-la inconsistente com a nossa classificação atual", diz a agência em relatório.
 No relatório, a S&P destaca que, nesse esforço anticíclico, a ação dos bancos públicos também está incluída e é acompanhada com atenção. Ao dar exemplos de ações anticíclicas, a agência cita nominalmente "a política parafiscal com base na concessão de empréstimos pelos bancos de propriedade do governo".
 Ao citar que o governo vem tentando aumentar o peso do investimento na dinamização da economia, a agência nota que uma "abordagem ambígua e errática do governo" nos últimos anos não permitiu que o setor privado aumentasse o nível de investimento na economia.
 O documento também chama atenção para o pedido dos governos regionais em aumentar a flexibilidade fiscal. "O aumento menos dinâmico das receitas e a pressão para aumentar as despesas também atingiram os governos locais e regionais", diz o documento, que comenta que os maiores Estados brasileiros também terão de enfrentar a ambiciosa meta de aumento o investimento sem deixar a Lei de Responsabilidade Fiscal de lado.
 "Em nossa opinião, uma abordagem mais flexível para o financiamento que, gradualmente, permita aos Estados assumir novas dívidas poderia ser uma solução, mas também poderia implicar riscos adicionais", diz a S&P.
 Protestos. Ainda sem ter conseguido resolver velhos problemas econômicos, o Brasil enfrenta novos desafios, na avaliação é da S&P. "A nova classe média está aumentando a pressão por demandas que incluem a inflação baixa, melhores serviços públicos, infraestrutura e habitação", afirma a S&P, ao lembrar dos protestos que ganharam as ruas do País desde junho. Entre os principais desafios, a agência diz que o aumento do investimento na economia surge como uma das necessidades mais urgentes.
 A S&P descreve que "os principais impedimentos para o aumento do investimento do setor público e privado estão no cerne dos problemas que o Brasil terá de resolver em período de cinco a dez anos para continuar seu processo de desenvolvimento econômico sustentável".
 Um dos exemplos da permanência dos velhos problemas é o setor público: "Há décadas, existe dificuldade em se reformar o setor público, que continua a ser mais um obstáculo que um instrumento de dinamização da economia". A agência reconhece que a dívida externa e o custo da dívida pública "diminuíram significativamente" ao longo dos últimos 14 anos. "No entanto, a dívida líquida do governo continua elevada. Durante décadas, o Brasil não conseguiu reformar amplamente o sistema previdenciário ou a estrutura tributária."
 Mesmo sem ter resolvido a "velha pauta", o Brasil tem agora outra lista de prioridades. "Como as enormes manifestações de junho mostraram, o governo não está conseguindo atender às expectativas da população. Em grande medida, essa nova classe média está enfrentando uma infraestrutura do Brasil antigo, destinada a um tipo diferente de estrutura social", diz o documento, que cita que a reforma do setor público "é fundamental" para que sejam criadas condições para a solução do problema.
 Para resolver a infraestrutura, o investimento terá de ser realizado com atenção à questão fiscal, adverte a S&P. "O aspecto crítico será lidar com os desafios novos e antigos e encontrar soluções que sejam consistentes com um caminho sustentável a médio e longo prazo", declara o texto. "Tal como no passado, uma abordagem sustentável de longo prazo é aquela que mantém a estabilidade econômica, limitando políticas inconsistentes e impulsionando o investimento do setor público e privado."



::Governos usam imóveis de luxo para aliviar crise



Estudo da UHY International mostra que Espanha e o Reino Unido têm algumas das taxas mais altas para a aquisição de imóveis de luxo.

São Paulo – Há governos que estão taxando mais os compradores de imóveis de luxo  em uma tentativa de melhorar seu déficit fiscal, segundo pesquisa da UHY Iternacional.Na média, as taxas para propriedade com valor de 3,5 milhões de dólares é de 3,4%, comparado a 2,6% para um imóvel de 150 mil dólares.
De acordo com a UHY, com a crise financeira , os governos passaram a procurar formas de tapar seus déficits e uma forma populista de fazer isso é colocar taxas maiores nos imóveis mais caros – que costumam atrair compradores estrangeiros. Alguns mercados são suficientemente robustos para absorver isso, mas outros precisam tomar cuidado para não prejudicar o mercado, segundo a UHY. O estudo da UHY analisou as taxas de 25 países, incluindo os membros do G7.
A Espanha e o Reino Unido têm algumas das taxas mais altas para a aquisição de imóveis de luxo, segundo o estudo. No Reino Unido, a taxa é de 7% para propriedades que custem mais de 3,1 milhões de dólares. Na Espanha, nas regiões populares entre os ricos locais e estrangeiros (como Andaluzia, Cantábria e Astúrias) as taxas variam de 8% a 10%.
Muitas economias da Europa que não taxavam a transferência desse tipo de propriedade em particular ainda tem taxas altas para propriedades no geral – de cerca de 4,5% como, por exemplo, na França, Itália, Áustria, República Tcheca e Alemanha.
A prática não se restringe à Europa. Na China, por exemplo, os imóveis mais caros tem taxas de 5% do valor da propriedade, enquanto imóveis mais baratos tem taxas de 3%. Já América do Norte, as taxas seguem menores, abaixo de 1% nos Estados Unidos por exemplo.
Veja as taxas nos países:


Para uma propriedade de 3,5 milhões de dólares

Para uma propriedade de 150 mil dólares


País
Quantidade de taxas pagas (dólares)
% do preço da propriedade
País
Quantidade de taxas pagas (dólares)
% do preço da propriedade
Índia
280.830,00
8,0%
Índia
12.830,00
8,6%
Espanha
245.000,00
7,0%
Espanha
10.500,00
7,0%
Reino Unido
245.000,00
7,0%
Argentina
7.650,00
5,1%
Austrália
185.830,00
5,3%
França
7.640,00
5,1%
Argentina
178.500,00
5,1%
Alemanha
7.500,00
5,0%
França
178.150,00
5,0%
Áustria
6.900,00
4,6%
Alemanha
175.000,00
5,0%
República Tcheca
6.050,00
4,0%
China
165.030,00
5,0%
México
5.410,00
3,6%
Áustria
161.000,00
4,6%
China
4.580,00
3,0%
Israel
153.340,00
4,4%
Itália
4.940,00
3,0%
República Tcheca
140.050,00
4,0%
Romênia
3.820,00
2,5%
Japão
113.930,00
3,3%
Austrália
3.660,00
2,4%
Itália
105.440,00
3,0%
Malásia
3.000,00
2,0%
Malásia
105.000,00
3,0%
Países Baixos
3.000,00
2,0%
México
83.220,00
2,4%
Emirados Árabes Unidos
3.000,00
2,0%
Países Baixos
70.000,00
2,0%
Uruguai
3.000,00
2,0%
Emirados Árabes Unidos
70.000,00
2,0%
Japão
1.810,00
1,2%
Uruguai
70.000,00
2,0%
Irlanda
1.500,00
1,0%
Canadá
66.160,00
1,9%
Canadá
1.230,00
1,0%
Irland
57.020,00
1,6%
EUA
1.110,00
0,7%
Romênia
55.680,00
1,6%
Estônia
170,00
0,1%
EUA
28.000,00
0,8%
Reino Unido
-
0,0%
Estõnia
3.320,00
1,0%
Israel
-
0,0%
Rússia
-
0,0%
Rússia
-
0,0%
Eslováquia*
-
0,0%
Eslováquia*
-
0,0%

*A Eslováquia aboliu a taxa de transferência de propriedades em 2005