quarta-feira, 19 de março de 2014

Operários da construção civil fazem manifestação na Pituba



Os operários da da construção civil voltaram a ser reunir na manhã desta terça-feira (18) na praça Marconis, próximo ao Correio central, na Pituba. Cerca de 100 pessoas saíram em caminhada pelo Caminho das Árvores. Eles pedem reajuste salarial de 14%, cesta básica e contrato de experiência de 30 dias para a categoria. 
Por conta da manifestação, o trânsito já segue lento nas avenidas Paulo VI, em direção ao Caminho das Árvores, Amazonas, para quem segue pela Tancredo Neves, e orla. Avenida Manoel Dias, na Pituba, também já apresenta pontos de lentidão.
Na manhã de segunda (17), o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Sintracon) reuniu cerca de 4 mil operários na avenida Pinto de Aguiar. A avenida ficou instrasitável das 8h até depois das 10h. 
Manifestação reuniu cerca de 4 mil operários na Pinto de Aguiar (Foto: Mauro Akin Nassor)
Segundo o vice-presidente do Sintracom, José Ribeiro, o impasse começou porque os empresários oferecem apenas 3% de reajuste e ainda não avançaram nos outros pontos. “Os empresários estão retirando direitos históricos conquistados pela classe. Já dialogamos muito, mas sem avanço. Nosso limite é o dia 24 de março. Após essa data, estamos discutindo uma greve”, afirmou José. 
Apesar da sinalização de greve, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon), Carlos Henrique Passos, diz estranhar a situação. Ele afirma que as reuniões com os trabalhadores são realizadas desde dezembro, mas as negociações não avançam porque, diz Passos, os operários pedem um reajuste incompatível com a situação do mercado imobiliário baiano.
“Inicialmente, o Sintracom nos propôs o aumento de 20%, agora diminuíram para 14%, mas não temos condição. Hoje, o mercado enfrenta uma forte insegurança jurídica. Estamos impedidos até de lançar novos empreendimentos”, disse Passos, citando a derrubada na Justiça da Lei do Uso do Solo e do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano.
Alheias ao impasse, quem sofreu mesmo foram as pessoas que precisavam passar pela Pinto de Aguiar. Nem os ônibus puderam cruzar a via e os passageiros foram obrigados a descer a seguir a pé. “Sou aluna da Unirb. Hoje fiquei presa perto do local do protesto, até tentei esperar para evitar a andada, mas desisti, pois já perdi a primeira aula”, reclamou a aluna de Nutrição Amanda Sodré. 
O funcionário público Mário Silva também se atrasou para o trabalho. “Estou há mais de uma hora esperando. É um direito dos operários protestar, mas acho que eles deviam ser mais maleáveis e tentar ajudar o trabalhador que está tentando chegar ao trabalho”, disse. 
Para tentar minimizar os transtornos, a Transalvador bloqueou os acessos à Avenida Pinto de Aguiar pela Paralela e pela orla, evitando que mais motoristas entrassem na via após o início da manifestação. Ainda assim, o congestionamento no entorno durou até mais de 11h. 

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