O Setor Sudoeste, região administrativa do DF, e o Setor Noroeste estão entre os bairros mais caros do Brasil, ocupando respectivamente a oitava e décima posição de um ranking que classifica as regiões mais valorizadas, de acordo com o Anuário do Mercado Imobiliário Brasileiro. O estudo foi feito pelo grupo imobiliário Lopes, com base nos lançamentos de imóveis em 2012.
De acordo com a o levantamento, a média do valor do metro quadrado de lançamentos residenciais no Sudoeste no ano passado é de R$ 11.780. No Noroeste, o preço médio do metro quadrado ficou em 11.070. Os valores estão bem acima da média nacional de R$ 5.110 o metro quadrado.
De acordo com o vice-presidente da Secovi-DF (Sindicato da Habitação), Ovídio Maia, o Distrito Federal já teve o metro quadrado mais caro do país, quando o Setor Noroeste foi lançado, e os valores se estabilizaram com a consolidação dos lançamentos imobiliários.
Segundo Maia, os apartamentos novos são mais caros porque os gastos com manutenção são menores e apresentam acessórios que os antigos não possuem.
— Os canos já são todos em PVC, as esquadrilhas são de alumínio. Alguns no Noroeste, por exemplo, já têm reuso de água, cobertura coletiva e mais vagas de estacionamento. Os mais antigos têm no máximo um salão de festa. Além das instalações mais modernas, Ovídio Maia citou a localização como principal fator de valorização dos imóveis.
Segundo ele, existem apartamentos com características semelhantes em regiões mais afastadas do DF que jamais terão o mesmo valor dos imóveis do Sudoeste e Noroeste.
— A mobilidade da população está muito difícil hoje. Por isso a localização é muito valorizada. Um apartamento em Águas Claras, por exemplo, jamais terá o metro quadrado tão valorizado quanto os do Noroeste, Sudoeste, e até mesmo da Asa Sul e Asa Norte. Essa é uma máxima do mercado imobiliário, quanto mais próximo do centro, mais é valorizado. No caso de Brasília, quanto mais próximo do poder, melhor.
No mercado nacional, o DF é a quarta região mais valorizada, com 4% do VGV (Valor Geral de Venda) total. Em 2012, os lançamentos somaram R$ 3,3 bilhões, com 51 empreendimentos, 75 torres e 8.823 unidades lançadas.
Do total de lançamentos no Distrito Federal, 82% são residenciais verticais, 16% comerciais e 2% de hotéis.
O Anuário do Mercado Imobiliário Brasileiro pesquisou 86% de todos os lançamentos brasileiros, levando em conta 1.321 empreendimentos e 182.803 unidades em 111 regiões (92 municípios e 19 cidades satélites).
Fonte:R7.com
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